sábado, 19 de junho de 2010

Conto de Fadas - Parte 3

"I'm not dead, just floating~"

Pois é, povo, o Entrecontando NÃO morreu! \o/

A Mai só estava passando por uma crise de criatividade somada com preguiça. Não sei qual das duas coisas era mais forte.

Maaaas...! Seus esforços não foram em vão. Miranna se salvou, e com ela, Zakari.

...será?

Aproveitem a parte 3.

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Parte 3

    Dois dias haviam se passado desde o encontro com a ninfa, mas a inquietação de Miranna não diminuíra. A mulher não deixava a tenda, sentada no mesmo lugar desde que voltara, ocasionalmente levantando para estender as pernas... e só. Mal comia, mal dormia, pálida, preocupada com Zakari.

    - ...bosque... - ele murmurou mais uma vez. - ...Eli...

    O garoto chegara ao acampamento desacordado nos braços da mãe, uma febre alta dominando seu corpo. Delirava, se movendo com incômodo na esteira que usava como cama. O retorno da neve não ajudava na recuperação dele; talvez, estivesse piorando ainda mais a situação.

    - Miranna.

    Um homem entrou na tenda, limpando a capa de couro, o olhar pesaroso, cansado. Era alto e largo, os olhos de um azul vívido contrastando com o cabelo negro e a pele morena. Agachou-se ao lado da cigana, tocando-lhe o ombro suavemente.

    - ...diga, Baldan. - sussurrou ela, a voz fraca, morta.

    - Eu conversei com os outros líderes. Eles chegaram a uma decisão.

    - Decisão...?

    - É. O bosque. Nós vamos queimá-lo.

    O rosto da mulher pareceu se iluminar um pouco mais, enquanto ela erguia o olhar para encará-lo. Claro. Como não pensara nisso antes? As ninfas não eram criaturas que viviam enquanto suas árvores-alma também estivessem vivas? Não era esse o jeito mais fácil de derrotar uma dessas criaturas: incendiar o receptáculo de sua essência?

    - ...quando?

    - A fogueira está acesa, e já estão preparando as tochas.

    - Cuide de Zakari por mim, então.

    Miranna ergueu-se de um salto, pegando um manto de frio e jogando-o sobre os ombros. Arrumou as botas, saindo da tenda a passos rápidos. Havia um grupo de homens em volta das chamas, se aquecendo, alguns carregando bastões com as pontas besuntadas de óleo. A mulher tomou uma das tochas improvisadas, acendendo-a, o fogo fazendo barulho ao consumir mais oxigênio para aumentar seu poder destrutivo.

    - O que estão esperando? - bradou. - Vamos!

    Ela quase que corria na direção do bosque, apressada. Queria terminar com tudo aquilo o quanto antes: a cada segundo que passava, o filho sofria mais, e Miranna podia sentir que a vida do pequeno se esvaía. Não, não havia tempo a perder. Precisava destruir Eli agora.

    - ...você voltou. - a ninfa sussurrou, ao ver a cigana se aproximar, estremecendo com a proximidade do fogo. - O que pensa que vai fazer?

    - Destruir você. - sibilou. - Você, e esse seu bosque maldito. Para que nunca mais tenha a chance de atrair garotos inocentes, como o meu filho... ou...

    - Ou Irfan?

    Passos se aproximaram, e um homem parou de pé ao lado de Eli, a mão sobre o ombro dela. Tinha traços como os de Baldan, o suficiente para notar o parentesco próximo entre os dois. Ao contrário do irmão, era magro, de corpo esguio, a pele um pouco mais escura. Os olhos, naquele mesmo tom de azul, encaravam Miranna com pesar.

    - Irfan..? - a mulher sussurrou, e por um instante quase deixara a tocha ir ao chão. - Por Deus! Eu pensei que você tin--

    - Não se aproxime. - murmurou, interrompendo-a sem cerimônias quando fizera menção de ir até ele. - Você não vai ferir minha senhora.

    Silêncio. Um silêncio seco, absoluto, onde nem ao menos o assobio do vento se fazia presente. A única que parecia feliz era Eli, um sorriso largo e rasgado se abrindo em seu rosto.

    - Vê, Miranna, minha cara... Seu marido agora é meu servo. Seu antigo marido. - enfatizou. - Ele não vai sair do meu lado... e seu filhote terá o mesmo destino.

    A ninfa abriu os braços, gargalhando, uma lufada de vento soprando sob seu comando, apagando as tochas. Apenas uma ficara acesa: a que a cigana segurava com as mãos trêmulas.

    - Você vai ter coragem de matar seu querido Irfan? Vai? - sussurrou, cruel. - Eu acho que não...

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OM NOM NOM!

E então? Terá Miranna coragem o suficiente pra queimar o bosque, e com ele matar seu amado Irfan? Ou ela desistirá, poupando a vida do homem, mas correndo o risco de estar condenando o próprio filho a um destino cruel?

Como sempre, vocês decidem. Aproveitem, e votem!

2 comentários:

  1. Ela vai desistir. É uma ninfa, caramba. Só vai dar merda se a Miranna tentar alguma coisa contra ela. XD

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  2. Não seria mais fácil os ciganos levantarem seus trazeiros gordos e sairem da região? Porque... ela... vai bater de frente com uma... ninfa...

    Vai dar uma merda bem fedida.

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